Lombalgia (LBP) é uma das queixas mais comuns osteomusculares nas sociedades de hoje, afetando até 70-80% da população, pelo menos, um episódio durante sua vida.
Disfunção muscular do assoalho pélvico (PFM) foi recentemente relacionada ao desenvolvimento de dor lombo-pélvica. A PFM é uma carga transversal provinda de um grupo de músculos para apoiar os órgãos da região pélvica-
Provas de co-ativação entre o assoalho pélvico e músculos abdominais profundos para o desenvolvimento da pressão intra abdominal e transferência de carga existe na literatura.
Conseguinte, PFM são geralmente aceitos como uma parte do mecanismo de estabilidade do tronco. A contribuição da PFM a pressão intra abdominal e estabilidade do tronco tem sido explicada pela ativação feedforward destes músculos em resposta à perturbação do tronco semelhante ao de outros componentes do sistema muscular com profunda estabilização do tronco, incluindo a da musculatura profunda abdominal e multífidos lombares.
Conseguinte, PFM são geralmente aceitos como uma parte do mecanismo de estabilidade do tronco. A contribuição da PFM a pressão intra abdominal e estabilidade do tronco tem sido explicada pela ativação feedforward destes músculos em resposta à perturbação do tronco semelhante ao de outros componentes do sistema muscular com profunda estabilização do tronco, incluindo a da musculatura profunda abdominal e multífidos lombares.
Acredita-se que a alteração da função dos músculos profundos estabilizadores do tronco afeta a estabilidade vertebral. Há evidências substanciais indicam que a deficiência muscular primária em pacientes com dor na região lombo-pélvica é a disfunção e perda das características do controle motor de músculos profundos local.
É também a hipótese de que a disfunção PFM provoca déficit no mecanismo de força de fechamento, resultando na transferência de carga danificada e dor na região lombo-pélvica.
Estudos recentes tem demonstrado uma ligação entre a LBP e disfunções genito-urinário, como incontinência urinária. No entanto, uma considerável literatura tem se dedicado a função de PFM em disfunções urológicas, como incontinência ou para a associação entre a LBP e outros músculos estabilizadores profundos, como os abdominais profundos e multífidos.
Músculos do assoalho pélvico
Plano profundo: levantador do ânus e isquiococcígenos.
O m. levantador do ânus é muito poderoso, cruza a uretra em sua metade proximal, acima do esfíncter externo, próximo ao colo. É muito importante na reeducação. Constitui-se de 3 músculos:
- M. pubococcígeo (principal): vai da face posterior do púbis até o cóccix, como se fosse uma cinta que envolve o reto na junção com o canal anal;
- M. puborretal: é a parte medial e mais espessa, que se une ao seu par para formar uma alça em “U”;
- M. íleococcígeo: é a parte posterior, delgado e pouco desenvolvido
Plano médio: dois transversos profundos e o esfíncter externo da uretra.
O esfíncter da uretra é essencial para a continência. É um anel muscular em torno do terço médio da uretra, mais desenvolvido anteriormente. Ele possui fibras musculares intra-uretrais lentas e na parte periuretral fibras lentas e rápidas.
O m. transverso profundo é um músculo par, fino e triangular. Vai da face interna dos mm. Isquiopubianos indo transversalmente até o núcleo central do períneo. Sustenta as vísceras e atua na ereção.
Plano superficial: região dividida em duas partes: trígono urogenital e trígono anal.
Plano superficial: região dividida em duas partes: trígono urogenital e trígono anal.
- Ehrlich G.E., Low back pain, Bull World Health Organ 81 (2003), pp. 671–672.
- Hodges PW, Richardson CA. Delayed postural contraction of transverse abdominal pain associated with movement of limbs. J Spinal Disord 1998, 11:46-56.
- Hodges PW, Richardson CA. Inefficient muscular stabilization of the lumbar spine associated with low back pain. Spine 1996, 21:2640-2650.
- Hodges PW, Sapsford R, Pengel L. Feedforward activity of the pelvic floor muscles precedes rapid upper limb movements. In: Australian Physiotherapy Association Conference, Sydney; 2002
- Hodges P. W., Eriksson A.E.M, Shirley D. and Gandevia S.C, Intraabdominal pressure increases stiffness of the lumbar spine, Journal of Biomechanics 38 (2005), pp. 1873–1880.
- Sapsford R., Rehabilitation of pelvic floor muscles utilizing trunk stabilization, Manual Therapy 9 (2004), pp. 3–12.
Vitor, parabéns pela sua postagem.
ResponderExcluirÉ muito importante divulgar a ideia de interdependência das estruturas. Temos que evoluir do pensamento analítico para o integral, o global.
Abraços.
Oi Vitor, também adorei essa. Agora é só unir esse conhecimento com a idéia de "músculos movem articulações", de Eric Franklin, e colocar esse assoalho para mover articulações pélvicas: aproximar ísquios (internamente), permitir que se afastem, bascular o cóccix... movimentos pequenos mas com grande reverberações! Beijo e obrigada pelo post!
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