Bioterapias

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Como funciona o "POWERHOUSE"

Quando as fibras musculares do diafragma se contraem, o centro frênico desce, deste modo o diâmetro vertical do tórax se alarga, podendo ser o diafragma comparado com um êmbolo que se desliza no interior de uma bomba. Ao elevar as costelas inferiores, o diafragma alarga o diâmetro transversal do tórax inferior, mas simultaneamente através do esterno, eleva também as costelas superiores e conseqüentemente alarga o diâmetro antero-posterior.


A contração do diafragma faz o centro frênico baixar, o que aumenta o diâmetro vertical do tórax, porém em seguida, a resistência ao alongamento do elementos verticais do mediastino intervém, e especialmente a resistência da massa das vísceras abdominais. Esta massa está mantida pela cinta abdominal constituída pelos potentes músculos abdominais, sem eles o conteúdo abdominal seria empurrado para baixo e para frente e o centro frênico não poderia tomar um ponto fixo sólido que permitisse ao diafragma levantar as costelas inferiores. Deste modo a ação antagonista dos músculos abdominais é indispensável para a eficácia do diafragma.


Deste modo a pressão aumenta notavelmente na cavidade tóraco-abdominal e a converte numa viga rígida situada na frente da coluna vertebral que transmite as forças à cintura pélvica e o períneo. A intervenção desta estrutura inflável reduz bastante a compressão longitudinal nos discos. Este mecanismo de hiper pressão tóraco-abdominal , é portanto, muito útil para suavizar as forças que se exercem sobre a coluna vertebral.


Quando se inspira o diafragma se contrai e desce, aumentando a pressão intraabdominal (PIA) e os arcos costais se expandem. Os músculos abdominais contribuem para a manutenção da PIA tracionando a aponeurose tóracolombar estabilizando a coluna lombar. 

Fonte:
  • Hodges P. W., Eriksson A.E.M, Shirley D. and Gandevia S.C, Intraabdominal pressure increases stiffness of the lumbar spine, Journal of Biomechanics 38 (2005), pp. 1873–1880.
  • Kapandji A. I., Fisiologia articular, Panamericana 5º edição, Rio de Janeiro 2000.
  • Gracovetsky S, Kary M, Levy S, et al. Analysis of spinal and muscular activity during flexion / extension and lift free. Spine 1990, 15:1333-1339.

A importância do compartimento abdominal para a estabilidade da coluna lombar.

A musculatura abdominal pode afetar a estabilidade espinhal, através do aumento da pressão intra-abdominal e através de anexos em fáscia toracolombar. A facilitação da pressão desses músculos, em especial o transverso do abdome, em conjunto com o diafragma e do assoalho pélvico, provavelmente fornece uma função de apoio para a coluna vertebral com o movimento.O transverso do abdome e as parcelas dos oblíquos interno se inserem na coluna lombar (no processo transverso), através da fáscia toracolombar. Sua contração, portanto, resulta em aumento da tensão na fáscia tóracolombar e poderá posteriormente desempenhar um papel na manutenção da estabilidade espinhal contra as forças externas que se deslocam a coluna em flexão, a produção de rotação do tronco e da manutenção da rigidez espinhal e controle intersegmental.


Fonte:

  • Richardson C. A., Jull G. A., Hodges P. W. and Hides J. A., Therapeutic exercise for spinal segmental stabilization in low back pain. Scientific basis and clinical approach, Churchill Livingstone, Edinburgh (1999).
  • Hodges PW, Richardson CA. Estabilização muscular ineficiente da coluna lombar associada com dor lombar. Spine 1996; 21:2640-2650. Inefficient muscular stabilization of the lumbar spine associated with low back pain. Spine 1996, 21:2640-2650.